Sem valor fonético, a letra h, que não é consoante, é apenas uma letra que foi mantida por motivos etimológicos e de tradições escritas de nosso idioma. Os usos da letra h que explicaremos aqui estão consonantes com o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa.
1. Emprega-se a letra h:
A) Usa-se a letra h por razões históricas e etimológicas:
- honra, do latim honor
- humanidade, do latim humanitas
- horizonte, do grego horizon
- hipotéca, do grego hipothéke
- hipótese, do grego hipóthesis.
B) Usa-se a letra h como parte integrante dos dígrafos ch, lh, nh: chuva, chalé, milho, ilha, ninho, pinheiro.
C) Usa-se a letra h no início e no final de algumas interjeições: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!
ATENÇÃO! Grafa-se a interjeição ó! nos casos vocativos: Salva-me, ó Deus!
D) Mantém-se o uso do h inicial quando, numa palavra composta, liga-se à anterior por meio de hífen: pré-história, anti-higiênico, super-humano, sobre-homem.
E) Usa-se a letra h no substantivo próprio Bahia (estado do Brasil), por secular tradição. Entretanto, escreve-se sem h os derivados baiano, baião, baianada, etc.
2. Não emprega-se a letra h:
A) Suprime-se a letra h no início das palavras quando, apesar da etimologia, sua grafia estiver inteiramente consagrada pelo uso: erva (em vez de herva), úmido (em vez de húmido).
B) Suprime-se a letra h, ao ser o segundo elemento da composição, por aglutinar-se com o precedente: desarmonia (da palavra harmonia), desumano (da palavra humano), reaver (da palavra haver).